12.8.09

Brasil, um país de todos!

Gosto muito de gritar essa frase quando estou dirigindo meu carro - que não é um crossfox, porque não sou linda e absoluta, muito pelo contrário - e vejo pedestres adultos com criança correndo pra atravessar a rua com o sinal fechado para eles, ou fila dupla em rua de grande movimento como São Clemente em Bo(s)tafogo ou ruas mais estreitas como a das Laranjeiras, Joãos sem braços de todos os tipos.
Hoje tive que passar as duas galeria do Túnel Rebouças, em geral passo só por uma - a que começa e permanece na zona sul, e a diferença enre elas não é só sensível, como vergonhosa. Na volta do lugar onde estive, entrei na rua "Barão de Petrópolis", no Rio Comprido, uma rua entre favela(s),não sei se duas ou uma, a do "Escondidinho" com certeza. E antes de subir por ela, vi entre pinturas temáticas da Copa passada a frase: "Brasil, eu te amo".
(...)
Tô meio de saco cheio, e infelizmente não tem a ver com TPM - que bem ou mal, passa! Outro dia voltei de viagem e pela primeira vez, não senti a felicidade de voltar pro Brasil, estranhei. Peguei engarrafamento na linha vermelha, passei por carros de polícia com armas para o lado de fora, fiquei rezando o que ainda me lembro de alguma oração pra não passar por nenhum arrastão. Deu certo. Estava voltando de um lugar real onde é possível passar pelo meio de uma praça - sem grades, mas com segurança que não eram camêras ou policias armados - de madrugada.
(...)
Tudo isso por causa de uma reportagem falando do acordo que preserva o Sarney. Sinceramente nem sei se "queria" que o "cara" saisse, porque na boa? Estamos trocando seis por meia dúzia desde sempre. E sempre tenho muito medo das substituições convenientes. ( Mas pra quem?) Mas o final de uma reportagem da Folha de São Paulo, citando uma frase do Cristovam Buarque (PDT-DF) me fez querer desabafar:
"O que me preocupa é que, diante da brutalidade, a paz é sinônimo de covardia".

Eu adicionaria ignorância, e me incluiria entre as pessoas que critico.

Qual o limite que cada um precisa e que precisaremos coletivamente para sair da inércia?
Quanto nos restará do som do mar e do céu profundo em alguns anos se continuarmos deitados eternamente em berço esplêndido, sem fazer nem saber nada do que é necessário pra mudar as coisas?

3 comentários:

  1. Eu tb não curti nem um pouquinho minha chegada ao brasil..... Pelo menos vc tá dando uma vazada gostosa!
    :)))
    Eu não sei meu limite mesmo...sou de uma preguiça só.....mas tento fazer minha parte no dia a dia, sendo um cidadão decente.
    :P

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  2. Bem, sinceramente, acho q se a capital da República fosse aqui no Rio ou em São Paulo, as coisas tenderiam a ser um pouco diferentes. Não sei, não, mas acho q as pessoas se mobilizariam mais. Não é à toa que a capital foi trasferida pra Brasília, pra beeeem longe das massas. Eu mesmo ia adorar dar pinta no Palácio do Catete se a capital ainda fosse aqui. Mas lá em Brasília? Fica meio complicado! Sempre tive essa sensação, e já me perguntei se não era ingenuidade da minha parte. Mas, dias desses, Cora Ronai escreveu exatamente sobre isso no Globo, dizendo ela tbm acreditar q se a capital não fosse tão distante, as coisas poderiam ser um pouco melhor. Será?

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  3. É isso... Como disse o Ciro Gomes outro dia, "é preciso desfazer os ninhos, fazer uma limpa". Não só na política, mas na nossa própria falta de cidadania e talvez, quem sabe, na nossa indiferença, preguiça... mas assim como você, me pergunto como e quando.

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