Gosto muito de gritar essa frase quando estou dirigindo meu carro - que não é um crossfox, porque não sou linda e absoluta, muito pelo contrário - e vejo pedestres adultos com criança correndo pra atravessar a rua com o sinal fechado para eles, ou fila dupla em rua de grande movimento como São Clemente em Bo(s)tafogo ou ruas mais estreitas como a das Laranjeiras, Joãos sem braços de todos os tipos.
Hoje tive que passar as duas galeria do Túnel Rebouças, em geral passo só por uma - a que começa e permanece na zona sul, e a diferença enre elas não é só sensível, como vergonhosa. Na volta do lugar onde estive, entrei na rua "Barão de Petrópolis", no Rio Comprido, uma rua entre favela(s),não sei se duas ou uma, a do "Escondidinho" com certeza. E antes de subir por ela, vi entre pinturas temáticas da Copa passada a frase: "Brasil, eu te amo".
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Tô meio de saco cheio, e infelizmente não tem a ver com TPM - que bem ou mal, passa! Outro dia voltei de viagem e pela primeira vez, não senti a felicidade de voltar pro Brasil, estranhei. Peguei engarrafamento na linha vermelha, passei por carros de polícia com armas para o lado de fora, fiquei rezando o que ainda me lembro de alguma oração pra não passar por nenhum arrastão. Deu certo. Estava voltando de um lugar real onde é possível passar pelo meio de uma praça - sem grades, mas com segurança que não eram camêras ou policias armados - de madrugada.
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Tudo isso por causa de uma reportagem falando do acordo que preserva o Sarney. Sinceramente nem sei se "queria" que o "cara" saisse, porque na boa? Estamos trocando seis por meia dúzia desde sempre. E sempre tenho muito medo das substituições convenientes. ( Mas pra quem?) Mas o final de uma reportagem da Folha de São Paulo, citando uma frase do Cristovam Buarque (PDT-DF) me fez querer desabafar:
"O que me preocupa é que, diante da brutalidade, a paz é sinônimo de covardia".
Eu adicionaria ignorância, e me incluiria entre as pessoas que critico.
Qual o limite que cada um precisa e que precisaremos coletivamente para sair da inércia?
Quanto nos restará do som do mar e do céu profundo em alguns anos se continuarmos deitados eternamente em berço esplêndido, sem fazer nem saber nada do que é necessário pra mudar as coisas?